quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O meu amor guardo no bolso
para não te atrapalhar
como uma cédula esquecida
sei que está mais seguro lá
de vez em quando eu o encontro
e vou guardá-lo noutro lugar
onde eu possa esquecer
que eu vivo a disfarçar
porque sei exatamente
onde o meu amor está.

O meu amor guardo em rimas
para não me atrapalhar
como se fosse ficção
sei que está mais seguro lá
de vez em quando tu o encontras
e vou guardá-lo noutro lugar
onde eu possa esquecer
que eu vivo a disfarçar
porque todos sabem há tempos
onde o meu amor está.

Jéssica Vieira
Se quiser ficar
fique tendo ciência
de que não tenho consciência.
Amor à conta gotas
é o que eu tenho para te dar.
Primeiro jantar a luz de velas,
depois a louça para lavar.
"Que seja doce" deixo para os normais,
para a gente vai ser agridoce e muito mais.
Se não me incluir em um conto de fadas
te deixo aberta a janela de casa.
Entrar pela porta seria muito clichê.
Se ao meu jeito se adaptar,
te faço um café.
Se não tentar me mudar,
quem sabe até cafuné.

Jéssica Vieira